Alzheimer é um risco do envelhecimento

Atualizado pela última vez em 04/01/2024

A doença de Alzheimer é a principal causa da declínio cognitivo patológico em idosos. Sua principal característica é a perda da memória e de outras funções cognitivas em intensidade maior do que a esperada para a idade.

Quanto mais velhos ficamos, maior o risco de desenvolvermos a doença de Alzheimer. Isso acontece porque os mecanismos cerebrais responsáveis pelo uso da proteína amilóide beta começam a falhar com a idade e o acúmulo anormal dessa proteína torna-se tóxico para as células cerebrais. O Alzheimer que se inicia depois dos 60 anos tem pouca dependência da genética e a quantidade de amilóide produzida no cérebro é normal. O que muda é a dificuldade que o organismo tem em eliminar a proteína depois de utilizada, formando agregados que dificultam a comunicação entre as células e eventualmente levam à degeneração das mesmas pelo acúmulo de neurofilamentos no interior dos neurônios.

O principal sintoma da doença de Alzheimer é a perda de memória. Ela acontece de forma escalonada, ou seja, inicialmente o idoso tem dificuldade de se lembrar de fatos recentes, depois ele se esquece de eventos acontecidos há alguns anos e por último deixa de recordar mesmo dados autobiográficos e coisas marcantes da juventude.

Além da amnésia retrógrada (de eventos passados), a pessoa pode ter dificuldade de se lembrar de compromissos futuros, dos medicamentos que deve tomar ao longo do dia e pode se tornar repetitivo, fazendo as mesmas perguntas ou comentários. Com o tempo, os problemas na orientação espacial e temporal também aparecem e a pessoa doente pode se perder em caminhos conhecidos do bairro ou dirigindo.

Para se chegar ao diagnóstico, é preciso fazer uma consulta detalhada com o paciente e familiares. Nessa consulta aplicamos testes especiais para avaliar as funções cerebrais e pedimos exames complementares que auxiliam no diagnóstico. Até o momento não há um tratamento curativo para o Mal de Alzheimer, mas com os medicamentos atuais é possível melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares. Além disso, contamos com o apoio de profissionais de terapias complementares que fazem a diferença no bem estar do idoso.

Dr. Roger Taussig Soares
Neurologista
crm 69239 SP

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Dr. Roger Soares é médico neurologista, nascido em 1968 no Paraná. Mora em São Paulo há mais de 30 anos e é médico credenciado dos maiores hospitais da capital paulista. Atualmente se dedica exclusivamente ao tratamento de seus pacientes particulares no consultório no Tatuapé. Gosta de escrever, aprender e provocar reflexões. "Conhecimento verdadeiro é saber a extensão da própria ignorância." Confúcio

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